Os pacientes começaram a falar de uma presença na clínica,... algo que sentem, algo que eu próprio sinto,... algo que não me atrevo a admitir que já tinha sentido antes.

Felizmente, conheci Reda Girgis, um homem muito seco, mas ele e a sua equipa do Hospital Universitário Johns Hopkins não queriam que eu sobrevivesse apenas. Queriam que eu vivesse uma vida com significado.

Um dos médicos do meu hospital, Charlie Safran, e o seu colega, Warner Slack, têm estado a dizer há décadas que o recurso mais subutilizado de todos os cuidados de saúde é o paciente.

Neste hospital, existe uma pessoa qualificada para fornecer anestesia, e é qualificada porque tem 12, talvez 18 meses de treino com anestesia.

Então, pegámos nesta máquina e recriámos algumas crises das salas de operações que esta máquina poderia enfrentar num dos hospitais para o qual está destinada, e num ambiente seguro e restrito, avaliámos a sua eficácia.

Encontrei Neruda rabiscado num pedaço de papel num hospital militar em Tahrir e decidi pegar num não do mausoléu Mamluk no Cairo.

Quatro anos antes, com um ano de idade após o acidente de Chernobyl a chuva caía negra e o cabelo da minha irmã caía em tufos e eu fiquei internada nove meses.

Comparem isso com a experiência habitual num hospital. Um quarto bem iluminado, tubos e máquinas a apitar, luzes a piscar, que não param, mesmo depois de o doente ter morrido.

Pouco depois de eu voltar ao trabalho — sou chefe da equipa de rondas no hospital — uma das minhas doentes olha para a minha colega, faz gestos na cara dela e diz: "São Bernardino", referindo-se a um recente ataque terrorista.